Arquivo do mês: outubro 2013

justo

Esta é uma tradução do texto “fair”, publicado originalmente no site Taking Steps, que pode ser lido neste link.

Então eu gostaria que você imaginasse algo. Vai ser bastante ruim, e provavelmente trará recordações ruins para algumas pessoas. Se você não deseja correr este risco, tome cuidado e pare de ler neste momento.

A primeira coisa que você precisa entender é que masculinidade, virilidade, são inculcadas e reforçadas através de violência. Tanto através de violência real, quanto pela ameaça de violência, ou pela ameaça implícita de violência. De forma constante. É assim que homens e meninos são ensinados a treinar a masculinidade uns dos outros. Isso é verdade mesmo na tenra idade; apenas vá a um parquinho de qualquer creche, e você verá meninos moldando a masculinidade uns dos outros, de acordo com as regras que lhes foram ensinadas por garotos mais velhos e por homens adultos, através de violência. Esse processo começa bem cedo.

Agora pegue uma garotinha e jogue-a nesse grupo de meninos. Deixe-a à mercê deles com uma única instrução: “Façam com ela o que acharem melhor. Moldem ela da forma que vocês desejarem. O seu bisturi é a violência.”. Imagine isso por um minuto: a imagem de uma menininha que ainda não entende o mundo sendo entregue para um grupo de garotos que recebem carta branca para usar violência para moldá-la no que quer que eles achem apropriado.

É uma imagem apavorante. É hedionda, perturbadora e errada e só de pensar nisso eu tenho calafrios. E é assim que nós, enquanto sociedade, devemos reagir; se algo semelhante a isso acontecer e vier a público, deve haver manchetes nos jornais.

Isso acontece todo dia. Toda hora. Mas enquanto qualquer pessoa decente automaticamente acharia este cenário maligno e chocante quando a garotinha que nós imaginamos é cisgênera, isso é considerado normal e a forma correta de tratar uma garotinha que é transgênera. Eu sabia que eu era uma menina já cedo; eu fui expulsa da pré-escola por me recusar a aceitar que fosse um garoto. E então eles entregaram aquela garotinha para os meninos pelos próximos quinze anos e disseram: “Façam com ela o que acharem melhor. Nós faremos vista grossa e incentivaremos à medida que vocês transformarem ela no que vocês desejarem. Seu bisturi é a violência. Só é apropriado se ela gritar”.

Essa é uma história aterrorizante. Este é o tipo de história que, se você pensar bem, representa o tipo de abuso que a pessoa comum responderia com: “Prendam esse criminoso doentio e joguem a chave fora”. Se fosse uma garota cis. Se ela for trans, as coisas apenas estão acontecendo como deveriam. Não há censura. Há aplausos.

Essa é uma das faces nuas e descobertas da opressão: se fosse feito com uma pessoa privilegiada, seria considerado abuso. Se é feito com uma pessoa marginalizada, é status quo. Mas não é só isso. Não se trata apenas da opressão; é sobre a como e por que nós internalizamos a opressão.

É uma história horrível. É o tipo de história que ameaçaria destruir a sua mente se fosse a sua história. E você tem que se proteger de alguma forma. Você precisa se manter de pé. Você tem que dar sentido à tudo isso. Porque um mundo em que algo assim pode ser feito com uma criancinha que nunca fez nada de mal à ninguém, que sequer é madura o bastante para entender porque ela está sendo ferida deste jeito até mesmo pelos pais até chegar no ponto em que nenhum local é seguro, não é um mundo legal. Não é um mundo que, penso eu, a maioria de nós, incluindo eu, seria forte o bastante para encarar como real. Então nós nos defendemos por acreditar no que nos falam.

Eu deixei o mundo mentir para mim. Eu me deixei acreditar que eu era tão ruim, errada e monstruosa e que eu merecia o que acontecia comigo, que até mesmo deixei que alguém me estuprasse [em inglês] apenas porque eu desejava desesperadamente que ser tocada, porque até mesmo abuso era mais proximidade do que eu acreditava merecer. Eu me deixei absorver a idéia de que eu estava completamente iludida, e que todo meu conhecimento sobre mim era um contorcionismo falacioso de uma mente doentia, porque a alternativa àquela mentira dolorosa, a mentira de que eu era um monstro vivendo em um mundo de fantasia, uma aberração indigna de receber amor? A alternativa era pior. A alternativa era que eu não merecia passar por aquilo, que eu não era repugnante nem indigna de receber amor, que eu era uma criança colocada em uma situação abusiva e forçada a permanecer dela sem qualquer justificativa. Eu não era forte o bastante para deixar isso ser verdade, quando era criança. Eu não era forte o bastante para deixar isso ser verdade quando era uma adolescente que não conseguia dormir, que treinava em um saco de pancadas todos os dias após a escola até que as mãos sangrassem, que passou cada dia pensando em formas novas e limpas de abandonar a vida. Eu não era forte o bastante para deixar isso ser verdade quando era uma colegial que foi exotificada, ridicularizada e tratada como um brinquedo sexual pornográfico e contaminado indigna de qualquer tipo de proximidade que não tivesse tons de “suja” ou “pervertida”, e que não podia abraçar pessoas ou dizer “eu te amo” sem temer que me achassem assustadora.

Eu não era forte o bastante para aceitar a verdade de o quanto eu era forte. Reconhecer e me apoderar da minha imensa força significava reconhecer que eu estava carregando um fardo imenso todo o tempo, que eu estava passando por sofrimento e não por uma vida normal, a ordem natural das coisas. O que eu não era forte o bastante para aceitar era que eu era uma criança boa, uma criança forte, uma criança corajosa, porque isso exigiria admitir que eu estava passando por algo que exigia virtude, força, e coragem, algo que poderia inspirar um documentário televisivo sobre resiliência humana se acontecesse a uma pessoa considerada real pela sociedade. Aceitar que não havia nada errado comigo, e até mesmo que eu era bela, significava aceitar que tudo aquilo que eu passava na escola e em casa, ao invés de normal e bom, era um show de horrores.

Então eu acreditei nas mentiras. Eu deixei que me convencessem durante boa parte da minha adolescência que eu era, realmente, um menino. A idéia me enojava e me aterrorizava, mas não tanto quanto a verdade, de que eu estava certa, de que eu era digna da minha própria confiança, de que não era minha culpa. Era melhor viver em um mundo em que eu era um menino — ou até mesmo um menino que desejava se tornar uma mulher algum dia — e que vivia uma vida normal, do que um mundo em que eu era uma garota que foi sistematicamente privada de se seu senso de si mesma, de sua realidade subjetiva, e de sua personalidade, sujeitada à constante violência ou ameaça de violência, e tratada como uma coisa contaminada e suja. A mentira — até mesmo a mentira de “menino que quer ser menina” ou “mulher em corpo de homem”, como se meu corpo pertencesse a alguma outra pessoa — por mais dolorosa que fosse, não era tão dolorosa quanto a verdade de ser uma garota tentando encontrar seu caminho para se tornar uma mulher e tendo que passar por isso no meio do caminho.

É assim nós internalizamos as mentiras. É dessa forma que nós aceitamos o jugo da opressão. Por viver em um mundo em que a verdade de que nós somos belas, que temos valor e que merecemos receber amor é mais dolorosa do que aceitar a mentira de que não somos nada disso, porque todo o senso de justiça ou ordem desaparece quando você olha para a verdade. Se nós somos belas, então nós estamos em um mundo que não se importa com a bossa beleza, e que até mesmo a joga na lama. Se nós somos fortes, então nós estamos vivendo em um mundo tão pesado que suga nossa força até estarmos cansadas todo o tempo. Se nós somos nós mesmas, então nós estamos vivendo em um mundo que sistematicamente nos arranca a nossa individualidade como uma carne assada arrancada de seus ossos queimados.

Até que nós sejamos fortes o suficiente para encarar isso de frente e reagir, para ficar de pé e lutarmos e nos tornamos parte do mundo em que vivemos de forma melhor, não importa o quão difícil isso seja ou o que isso exija — até que nós sejamos bastante fortes para nos lembrarmos de que somos fortes, e belas, e verdadeiras, e que somos dignas de receber amor — a verdade é pesada demais para suportar. Então, ao invés disso nós aceitamos as histórias falsas, de que nós somos sujas, feias, fracas e indignas de amor. Nós precisamos acreditar nisso. Eu precisei acreditar nisso.

Eu estou escrevendo isso porque eu sei que daqui a uma hora, ou amanhã, ou semana que vem, eu vou dar ouvidos à essas mentiras novamente, durante um tempo. De que outra forma seria possível viver? Como você poderia viver no mundo sem aceitar que a injustiça é justa, ou que não é problema seu, só por um momento, só por um instante? Como você pode caminhar no mundo em que a verdade é verdadeira ao invés de cair em pedaços e chorar? Então nós internalizamos as mentiras por um momento para que as coisas possam fazer sentido o suficiente para que seja possível viver este dia até o fim. A gravidade te puxa confortavelmente para baixo. A alternativa, a verdade pura, vulnerável e pulsante só pode ser aceita em doses pequenas, ainda que maiores a cada dia. É difícil demais simplesmente deixar que tudo seja real. Como você poderia deixar tudo isso ser real? Como você pode realmente remover a cobertura, olhar para as trevas abaixo e deixar escapar a verdade — de que você vive em um mundo em que você não é considerada inteiramente verdadeira, inteiramente humana, e que se você fosse considerada verdadeira, o que fizeram com você seria considerado inaceitável e nauseantes, mas você não é considerada verdadeira e o que fizeram com você é considerado aceitável?

Você precisa contar para si mesma aquelas histórias. Apenas por um momento. Apenas até que você esteja forte o bastante para suportar o peso da verdade e ver com clareza, se você conseguir alcançar essa força. Apenas até que você esteja repleta de coragem e força esmagadoras e que você possa finalmente insistir que é digna de amor e de ser amada, de que cada célula de seu corpo merece isso, de que beleza brilha através de você como uma gloriosa chama ardente. Quando você está de pé, resplandecendo maravilhosa e intimidadora, você pode mover o mundo. Você só precisa atravessar a dor de você é verdadeira, de que você sabe, de que você é tudo que precisa ser.

Dói dizer isso, e dói ouvir: você é digna de receber amor. Eu também. O abismo entre a verdade e o mundo em que nós nos permitimos viver a cada dia é escuro e profundo, mas ainda assim é a verdade e sempre será.

Você é tudo que você sempre esperou se tornar um dia, e eu amo você. Quando você for forte o bastante, por favor, brilhe.

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Uma declaração de Feminismo e Mulherismo Trans-inclusivos

Aviso: Este texto foi publicado originalmente no blogue feministsfightingtransphobia como uma declaração de apoio aos feminismos/mulherismos [womanism] que são trans*-inclusivos, e como repúdio aos feminismos transfóbicos. Embora a declaração seja estrangeira, advinda de um contexto estrangeiro, percebo que aqui há uma ascensão de comportamentos similares, com feministas achando legítimo perseguir e intimidar mulheres trans* ao mesmo tempo que se vitimizam e se isentam da responsabilidade de suas atitudes. Há uma perigosa ascensão de um feminismo “misândrico” que começou como uma brincadeira mas que muitxs parecem estar levando a sério. O transfeminismo se posiciona contra qualquer discurso de ódio e busca sempre uma análise intersecional. Com esses pensamentos, a existência dessa declaração e a assinatura de vários grupos e de (trans)feministas vem em boa hora para resistirmos aos discursos perversos que buscam marginalizar ainda mais pessoas trans*.

Tradução de Leda Ferreira

Temos orgulho de apresentar uma declaração coletiva que é, até aonde sabemos (e nós gostaríamos muito de estarmos erradas a respeito disso) a primeira do tipo. Nesta publicação você encontrará uma declaração de solidariedade feminista com os direitos das pessoas trans*, assinada por aproximadamente 100 feministas/mulheristas [womanists] de pelo menos onze países diferentes [agora são 161 assinantes - 153 indivíduos e 8 organizações - de 13 países!] que desejam afirmar que feminismo/mulherismo pode e deve ser lar tanto para pessoas trans* quanto para pessoas cis. Ela foi assinada por ativistas, blogueirxs, acadêmicxs, e artistas. O que todos temos em comum é a crença de que o feminismo deve dar boas-vindas às pessoas trans*, e que as pessoas trans* são essenciais para a missão do feminismo de advogar por mulheres e por outras pessoas oprimidas, exploradas, e de qualquer forma marginalizadas pelas pessoas e sistemas patriarcais e misóginos.

Se você é blogueiro(a)/escritor(a)/acadêmico(a)/educador(a)/artista/ativista/qualquer outra coisa em posição de afetar os discursos ou ações feministas ou mulheristas e gostaria de assinar esta declaração, nos informe! Você pode utilizar o formulário na página de contato ou nos enviar um e-mail para [email protected]. Nós adoraríamos ouvir você.

Nós particularmente apreciamos comentários sugerindo formas pelas quais feministas e mulheristas, tanto cis como trans*, podem se organizar para demonstrar solidariedade e suporte à aceitação das pessoas trans. Ler nomes de feministas proeminentes em declarações de transfobia é de partir o coração para nós, mas como Joe Hill disse, “Não se lamente; se organize!”
Agora, a declaração:

Uma declaração de Feminismo e Mulherismo Trans-inclusivos

Nós, acadêmicos(as), escritores(as) e educadores(as) trans* e cis que assinamos abaixo, desejamos afirmar publicamente e abertamente nosso compromisso com feminismo e mulherismo trans*-inclusivos.

Tem havido um aumento notável da atividade feminista transfóbica neste verão: o próximo livro de Sheila Jeffreys publicado pela Routledge; a carta anônima hostil e ameaçadora enviada para Dallas Denny após ela e o Dr. Jamison Green escreverem para a Routledge expressando suas preocupações sobre o livro; e a recente e amplamente divulgada declaração intitulada “Discurso Proibido: O Silenciamento da Crítica Feminista de ‘Gênero’”, assinada por um grande número de feministas proeminentes e, lamentamos dizer, desgarradas, tem sido notáveis em particular. E tudo isso tem acontecido em meio ao clima de transfobia dominante e virulenta que emergiu após a cobertura do julgamento de Chelsea Manning e a declaração dela a respeito de sua identidade de gênero, e os recentes assassinatos de jovens mulheres trans negras, incluindo Islan Nettles e Domonique Newburn, alvos mais recentes em uma longa história de violência contra mulheres trans negras. Dados esses eventos, é importante nos expressarmos em apoio a um feminismo e mulherismo de apoiem pessoas trans*.

Nós nos comprometemos a reconhecer e respeitar a construção complexa de identidade de gênero e sexual; a reconhecer mulheres trans* como mulheres e incluí-las em todos os espaços de mulheres; a reconhecer homens trans* como homens e rejeitar narrativas de masculinidade que os excluam; a reconhecer a existência de pessoas genderqueer, não-binárias e a aceitar a humanidade delas; com análises e pesquisas rigorosas, profundas e nuançadas de gênero, sexo e sexualidade que aceitem as pessoas trans* como autoridades sobre suas próprias experiências e que entendam que a legitimidade de suas vidas não está aberta a debate; e com lutar as ideologias irmãs de transfobia e patriarcado em todas as suas facetas.

Os feminismos transfóbicos ignoram a identificação de muitas pessoas trans* e genderqueer como feministas e mulheristas, e de muitas feministas e mulheristas cis com pessoas trans* que são suas irmãs, seus irmãos, amigos(as), e amantes; são esses feminismos que frequentemente rejeitam essas pessoas, e não o contrário. Eles ignoram as pressões históricas exercidas pela comunidade médica sobre as pessoas trans* para se conformarem a estereótipos rígidos de gênero para serem “presenteados” com a ajuda médica que elas têm direito como seres humanos. Por posicionarem “mulher” como uma identidade coerente e estável cujos limites elas se autorizam a policiar, feministas transfóbicas rejeitam o discernimento da análise intersecional, subordinando todas as outras identidades à feminilidade e todas as outras opressões ao patriarcado. Elas se recusam a reconhecer seu próprio poder e privilégio.

Nós reconhecemos que feministas transfóbicas têm usado violência e ameaças de violência contra pessoas trans* e seus parceiros e nós condenamos tal comportamento. Nós reconhecemos que retórica transfóbica tem efeitos profundamente prejudiciais nas vidas reais de pessoas trans*, testemunhamos CeCe McDonald ser aprisionada em uma prisão masculina. Nós reconhecemos ainda o dano particular que transfobia causa a pessoas trans* negras e de outras etnias quando combinada com racismo, e a violência que isso encoraja.

Quando feministas excluem mulheres trans* de abrigos para mulheres, mulheres trans* são deixadas vulneráveis aos piores tipos de misoginia violenta e abusiva, seja em abrigos para homens, seja nas ruas, ou em lares abusivos. Quando feministas exigem que mulheres trans* sejam excluídas de banheiros femininos e que pessoas genderqueer escolham um banheiro marcado como binário, elas tornam a participação dessas pessoas na esfera pública quase impossível, colaboram com a rigidez das identidades de gênero, a qual historicamente o feminismo lutou contra, e levantam outra barreira ao emprego. Quando feministas ensinam transfobia, elas impedem o acesso de pessoas trans* à educação e às oportunidades que a educação proporciona.

Nós também rejeitamos a noção de que as críticas ao fanatismo transfóbico feitas por ativistas trans* “silenciem” qualquer pessoa. Crítica não é o mesmo que silenciamento. Nós reconhecemos que a ênfase recente nas supostas retórica violenta e ameaças que feministas transfóbicas afirmam receber de mulheres trans* ignora os mais de quarenta anos de retórica violenta e exterminista de feministas proeminentes contra mulheres trans*, homens trans*, e pessoas genderqueer. Ignora a estratégia deliberada de certas feministas anti-trans* bem conhecidas de se empenhar em assédio alegre e persistente, atração, e provocação de pessoas trans*, particularmente de mulheres trans*, esperando provocar respostas furiosas, que então são utilizadas para pintar um falso retrato de mulheres trans* como opressoras e feministas cisgêneras como vítimas. Ignora a identificação pública [outing] de mulheres trans* na qual certas feministas transfóbicas têm se empenhado, desprezando o dano que causa às vidas dessas mulheres e o perigo a que elas são expostas. E se baseia na retórica perniciosa de culpa coletiva, usando qualquer exemplo de retórica violenta, independente da fonte — incluindo a raiva justificada de qualquer mulher trans* — para condenar todas as mulheres trans*, e para justificar as contínuas exclusão delas e negação de seus direitos civis.

Quer sejamos cis, trans*, binárias, ou genderqueer, não deixaremos o discurso feminista e mulherista regredir ou estagnar; nós vamos empurrá-lo para frente em nossos entendimentos de gênero, sexo, e sexualidade entre disciplinas. Enquanto nós respeitamos os grandes feitos e árduas batalhas lutadas por ativistas nas décadas de 1960 e 1970, nós sabemos que aquelas ativistas não eram infalíveis e que o progresso não pode parar nelas se nós desejamos permanecer intelectualmente honestas, morais, e politicamente efetivas. Mais importante, nós reconhecemos que teorias não são mais importantes que as vidas reais das pessoas; nós rejeitamos qualquer teoria de gênero, sexo, ou sexualidade que exija que nós sacrifiquemos as necessidades de qualquer grupo marginalizado ou subjugado. Pessoas são mais importantes que teoria.

Nós nos comprometemos a fazer nossas aulas, nossa escrita e nossa pesquisa inclusiva para com as vidas de pessoas trans*.

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